Qual o impacto do PIX para pessoas jurídicas?

30 de novembro de 2021 Por Giovanna Garcia

O que é e como funciona o Pix?

Desde seu lançamento em novembro do ano passado, o Pix se tornou um grande sucesso nas transações financeiras entre as pessoas físicas (PF) ou jurídicas (PJ). Surgindo como uma nova opção de pagamento criada pelo Banco Central (BC), propõe pagamentos instantâneos e através do próprio aplicativo do banco.

No caso das pessoas físicas as transações podem ser feitas utilizando Chaves Pix, Capturando QR Codes ou através dos dados bancários de quem irá receber. Uma de suas principais vantagens é que não há nenhum tipo de custo – e vale lembrar, que essa gratuidade se incluirá também aos Microempreendedor Individual (MEI) e empresários individuais (EIs).

Mas e quanto às empresas? Existem diferenças entre o PIX PF e o PIX para PJ?

A nova modalidade: Pix PJ

Antes de seu surgimento, as pessoas jurídicas possuíam algumas outras formas de receber ou efetuar seus pagamentos como: dinheiro físico, boleto, cartão de débito ou crédito e transferência (DOC e o TEC).

E quais seriam então os requisitos para que as empresas possam aderir ao PIX PJ? A única exigência é que elas possuam uma conta ou carteira digital em alguma das instituições financeiras participantes.  E o Banco Central disponibiliza uma lista dos agentes financeiros participantes.

Os pagamentos instantâneos podem ser realizados entre:

-Pessoas físicas (P2P);

-Pessoas e empresas (P2B/ B2P);

-Empresas (B2B);

-Pessoas e governo (P2G/G2P);

-Empresas e governo (B2G/G2B);

 

Existe algum custo para essas empresas?

Sim. Mesmo sendo 100% gratuito para pessoas físicas, o Pix para PJ pode ser tarifado!

Segundo o Banco Central, fica a cargo da instituição financeira decidir se irá cobrar e quanto irá cobrar pela transação do Pix para empresas, assim como já acontecia em transações como DOC e TED.

No fim de 2020, quando o Pix foi lançado, a expectativa era de que as tarifas cobradas de empresas seriam bem menores do que as praticadas na rede bancária. Na prática, encontramos instituições financeiras cobrando taxas similares àquelas já praticadas para as demais transações.

 

Todas as empresas podem aderir ao Pix PJ?

Assim como mencionado anteriormente, a única exigência é que elas tenham uma conta ou carteira digital em alguma das instituições participantes do Pix. Todas as empresas que cumprem esses requisitos podem ter o acesso ao Pix para pessoas jurídicas .

Em outras situações, é importante, também, realizar a integração da API PIX. E é por meio dessa API, é possível automatizar a criação de cobrança, verificar o recebimento de Pix, fazer consultas e devoluções.

Confira alguns exemplos de negócios que já contam com essa funcionalidade:

  • supermercados e mercearias;
  • restaurantes, bares, lanchonetes e fast-foods;
  • e-commerces;
  • shoppings e lojas de departamento;
  • serviços de entretenimento, como cinema, parques e museus;

 

Qual o impacto do pix para as empresas?

De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), foram estudados dados mensais referentes às transações Pix e através de suas estatísticas, pode-se concluir que as empresas têm sido fortemente impactadas pelo considerável aumento de transações desde o mês de novembro de 2020.

Através dessa análise, é importante entender que tipo de empresa estamos nos referindo.

Para as pequenas e médias empresas, os benefícios serão principalmente para o fluxo de caixa, já que o dinheiro de qualquer transação estará disponível na conta imediatamente.

Já nas empresas receptoras de transações, o PIX é mais barato e prático que o uso de TED/DOC/boleto/maquininha, podemos observar o surgimento de novos processos focados em melhores margens, maior competitividade e preços mais atraentes para os seus consumidores.

Além disso, para empresas que têm um grande volume de transações que não são realizadas com cartão (empresas de frete, pedágio) pode ser uma maneira de melhorar a experiência do usuário.

 

Referências

 

CARRIJO, Wesley. Descubra como funciona o Pix PF e Pix PJ e o que muda na vida dos brasileiros. Jornal Contabil, 4 de Novembro de 2020.

QUEIROZ, Luiz. O impacto do Pix para o mercado brasileiro. Capital Digital, 14 de Janeiro de 2021.

Banco Central Do Brasil. Lista de participantes do Pix, 28 de Novembro de 2021.

Banco Central do Brasil. Estatísticas e detalhamento de gráficos Pix: Usuários que já fizeram Pix.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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